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Perfil das abstenções nas eleições 2020

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A população em geral neste momento está com pensamento em várias coisas, como férias escolares dos filhos, Natal em família, réveillon, planos para 2024…

Mas pré-candidatos (as) e partidos já estão com atenção para o pleito de outubro de 2024. E não estão sendo precipitados.

Quem começa a discussão cedo tem mais tempo para fazer um bom planejamento. E o tempo atual é para isso mesmo, e não para pedir votos, até porque a legislação eleitoral proíbe veementemente tal atitude.

Uma das áreas que as campanhas precisam dedicar atenção é na análise de dados eleitorais, que pode proporcionar ganhos estratégicos aos partidos e pré-candidatos, como economia de recursos, ganho de tempo, maior assertividade na comunicação com o eleitorado, mapeamento do perfil do eleitor e outros mais.

E um dos pontos que pode agregar em uma eleição é conhecer o perfil das abstenções nas eleições anteriores no intuito de “resgatar” alguns desses eleitores para que sejam convertidos em votos.

A abstenção no Pará no pleito de 2020 (considerando apenas o 1º turno) foi de 20%, o que representou 1.154.854 de eleitores. A média nacional naquele ano foi de 23,1%.

Dentre os motivos que explicam as abstenções, podem ser citados:

– Desencanto com a classe política

– Falta de confiança das instituições

– Questões logísticas (como distância dos locais de votação)

– Mudança de cidade (e não transferência do domicílio eleitoral)

 

Assim, considerando o eleitorado paraense nas eleições de 2020, vamos para algumas características das abstenções no pleito.

  • Gênero: os homens foram mais faltosos. Enquanto a abstenção de público feminino ficou em 19%, do masculino foi 21%.
  • Estado civil: o percentual não diferiu muito no comparativo entre as abstenções de casados (20,14%) e solteiros (19,34%).
  • Faixa etária: as maiores abstenções foram das faixas de 65 a 69 anos (21,5%) e 21 a 24 anos (20,6%); por outro lado, as menores abstenções se concentraram nas faixas de 50 a 54 anos (13,7%), 45 a 49 anos (13,8%) e 55 e 59 anos (14%). Aqui foram consideradas apenas as faixas que, segundo a legislação, são de pessoas obrigadas a votar (idades entre 18 e 70 anos).
  • Grau de instrução: as maiores abstenções foram notadas nos graus de instrução menores, como analfabeto (48,9%) e lê e escreve (23,9%).

Um cruzamento entre as faixas de idade com maiores abstenções com o grau de instrução aponta que as maiores abstenções estão nos analfabetos com idades maiores (de 60 a 69 anos) e lê e escreve com idades menores (de 17 a 24 anos).

Tendo como base os motivos listados acima como possíveis justificativas para as abstenções, um candidato não pode fazer muita coisa quando, por exemplo, o eleitor mudou de cidade (e não tenha alterado o domicílio eleitoral), mas tem nos eleitores desencantados com a classe política e nos que não confiam nas instituições um grupo potencial que pode ser conquistado, caso consiga construir reputação que mostre uma atitude política diferente.

E ESSES VOTOS PODEM VALER UMA ELEIÇÃO!

Posteriormente serão postados aqui outros detalhamentos do eleitorado. Acompanhe!

Todos os dados estatísticos mencionados no texto foram extraídos das bases do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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