O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou no final do mês passado os dados do censo demográfico 2022 com recorte por faixa etária e sexo. Os números apontaram que a população paraense de idosos (60+ anos) aumentou em mais de 341 mil pessoas, saindo de 535.134 em 2010 para 876.422; resultando em crescimento de quase 64% desse público.

Esse aumento da população idosa foi igualmente observado na média nacional, com variação de 56% da população com 60 anos ou mais de idade.

Algo que chama bastante atenção quando o foco é a população idosa é o aumento da distância entre os quantitativos de homens e mulheres com o avançar da idade.

Vale antes dizer que no Pará (o mesmo vale para o Brasil) nascem mais homens do que mulheres.

Os homens são a maioria da população até a faixa etária de 20 a 24 anos, e a partir dessa faixa a mortalidade de homens fica mais acelerada, fazendo com que as mulheres passem a ser a maioria da população em praticamente todas as faixas seguintes (a exceção é na faixa de 50 a 54 anos).

Da faixa de 55 a 59 anos a distância entre homens e mulheres começa a ter destaque, com aumento considerável das mulheres, tendo ampliação reforçada a partir da faixa de 70 a 74 anos, conforme apresentado no gráfico a seguir.

A “boca de jacaré” observada no gráfico mostra o aumento do gap entre os dois grupos populacionais, com diferenças surpreendentes, ao ponto de chegar ao cenário de 100 anos ou mais de idade: na média, de cada 100 idosos com 100+ anos, 70 são mulheres.

Esse dado deixa também uma mensagem importante: os homens precisam se cuidar mais para ter maior expectativa de vida!